Muitos empreendedores começam um negócio focando apenas no produto ou serviço. E isso é compreensível. Afinal, sem uma boa entrega, nenhuma empresa se sustenta. No entanto, o que muitos ainda subestimam é o valor que uma marca pode adquirir ao longo do tempo. Mais do que um nome bonito ou um logo chamativo, a marca é um ativo estratégico que deve ser tratado como patrimônio desde o primeiro dia de operação.
A marca vai muito além da identidade visual
Quando falamos em marca, a primeira coisa que vem à mente costuma ser o logotipo ou o nome da empresa. Mas a verdade é que uma marca é um conjunto de elementos que transmitem valor, confiança e posicionamento no mercado. Ela é a forma como os clientes percebem o seu negócio, mesmo antes de consumir seu produto ou serviço.
Por isso, é fundamental que o empreendedor enxergue a marca como parte do seu investimento de longo prazo. Assim como uma casa, um estoque ou um equipamento caro, a marca também possui valor econômico. Em muitos casos, chega a ser o ativo mais valioso da empresa.
Trabalhe seu ativo: marcas fortes geram negócios
A construção de uma marca sólida tem impacto direto no crescimento de um negócio. Isso se dá de diversas formas:
- Clientes tendem a pagar mais por produtos ou serviços de marcas que transmitem confiança;
- Parcerias e franquias exigem que a marca seja forte, reconhecível e legalmente protegida;
- Valuation de startups (que é a determinação do valor de uma empresa) frequentemente considera o valor da marca registrada como diferencial competitivo;
- Investidores analisam se a marca está protegida juridicamente antes de colocar dinheiro no negócio.
Ou seja, além de atrair clientes, uma marca bem estruturada pode abrir portas, aumentar receitas e proteger o empreendedor de riscos jurídicos e comerciais.
A marca precisa estar no seu nome
Agora vem a parte crucial: não basta construir uma marca forte se ela não estiver registrada em seu nome. Muitos empresários passam anos investindo em marketing, embalagens e presença digital, sem perceber que o nome da marca pode ser registrado por outra pessoa, e, com isso, todo o valor construído pode ir por água abaixo.
O registro no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) é o único meio de garantir o direito exclusivo de uso da marca em todo o território nacional. Sem esse registro, o empreendedor está vulnerável a cópias, disputas judiciais e até ordens para parar de usar o nome que ele mesmo criou.
Comece desde cedo a tratar sua marca como um patrimônio
Pode parecer cedo demais para registrar a marca quando o negócio ainda está no início. Mas é justamente nesse momento que os custos são menores e os riscos, mais fáceis de evitar. Além disso, o processo de registro leva tempo, e antecipar-se pode evitar dores de cabeça lá na frente.
Portanto, se você está tirando uma ideia do papel ou está nos primeiros meses da sua empresa, comece a pensar na sua marca como um patrimônio que pode valorizar com o tempo. Registre, proteja e cuide dela como um ativo estratégico. Afinal, é com a marca que o seu público vai lembrar de você. E é ela que vai te diferenciar da concorrência.
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